12.2.10

Para ti, olhinhos de cereja


Podes lembrar-te de mim como um pai,

ou uma espécie de pai ou de irmão mais velho,

alguém que esperará por ti deste lado da ponte,

de camisa branca, arregaçada por aqui,

encostado a uma levíssima brisa.

Sou eu quando vires.

Fazia-me criança para brincar contigo,

agora larguei a imaturidade finalmente.

Também eu dormi nesse quarto cheio de monstros,

também cresci assim sem defesas.

1 comentário: